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Comunicação em Primeira Mão

Algumas dicas para ter aquele "estalo".

09/10/09


Achei muito interessante esta postagem do blog chmkt sobre que atitudes tomar para tirar melhor proveito de sua criatividade.
De acordo com o texto de Carlos Henrique Vilela, autor do blog, a ex-diretora de planejamento da JWT London e da Chiat Day New York, a Merry Baskin – atualmente na Baskin Shark, da qual é fundadora – tem um texto muito interessante no site do The Account Planning Group do Reino Unido com dicas excelentes para conduzir reuniões de Brainstorming.

Segundo ela, 9 em cada 10 pessoas nas empresas concordam que inovação e criatividade são vitais para o crescimento, mas o problema é que 9 em cada 10 pessoas que admitem isso não sabem como colocar esses conceitos em prática. Uma maneira fácil de fazer isso – muito utilizada nas agências – é a “tempestade de idéias”.

No entanto, as reuniões de Brainstorming devem ser mais desejadas e acessíveis no dia-a-dia dos escritórios. A grande ironia, diz ela, é que não basta chamar algumas pessoas para uma sala com um flipchart e começar a dizer o que quiser – se você quiser um output bom, é claro.

De acordo com Baskin, as sessões de Brainstorming precisam ser facilitadas, com a criação de um ambiente que conduz ao pensamento criativo, à tomada de risco, à experimentação e que deixe a mente correr solta. Para isso, ela dá algumas dicas excelentes.

1 – Prepare-se: Mesmo que seja um encontro de 1 hora durante o horário de almoço. O tempo gasto de antemão será recompensado pelo rumo que a reunião tomará.

Portanto, pense nos seguintes pontos:

2 – Defina o problema com cuidado, clareza e objetividade. Assegure-se de que tem o problema “certo”. Nunca use o Brainstorming para estabelecer uma disputa. Se possível, encontre um “dono” do problema, deixando você com a função de facilitar o direcionamento à solução.

3 – Pense muito bem na seleção das pessoas. Evite pessoas que não ajudem, que sejam céticas, hierárquicas e tipos que podem acabar com o bom humor do encontro.

4 – Tenha uma “programação”. Não se esqueça de incluir intervalos, que são cruciais, pois tornam as sessões mais estimulantes e ditam a mudança. Uma ideia é mandar o pessoal para uma breve caminhada, de preferência na rua, e dar uma tarefa totalmente desvinculada do escopo – com isso eles levarão seus cérebros para dar uma volta também. Geralmente, quando você para de pensar em algo, é quando a ideia aparece.

5 – Pense nos acompanhamentos. Alguns tipos de comida como espinafre e nozes, ricos em Omega 3, ajudam na memória e concentração. Cafeína e álcool antes ou depois podem deixar a sessão horrível.

6 – Escreva uma caixa de ideias. Há diversas técnicas e jogos que você pode utilizar. Quanto mais você tiver em mãos, mais confiante, criativo e flexível você ficará durante a reunião. Meus favoritos são:

- In-out listening: Deixa sua mente vagar para dentro e para fora quanto o problema vai sendo definido, e você escreve qualquer coisa que vir à sua cabeça – mesmo se for algo bobo. Use tais palavras para desencadear associações, faça conexões e transforme-as em possíveis soluções.

- Esvaziamento cerebral: Todo mundo tem algo em mente – seja um preconceito, uma ideia ou um compromisso. Tire isso deles antes de começar e, assim, poderá seguir adiante.

- Modelo dos Seis Chapéus do Edward De Bono: Um sistema que encoraja as pessoas a fazer um tipo de coisa por vez: seja racional, emocional, julgamental, positivista, etc. Cada um representa um diferente modelo e sinaliza ao grupo que foquem nessa área e evitem confusão.

- Excursões: Existem inúmeras opções, mas uma fácil é fazer com que as pessoas finjam ser algum tipo de animal, descrevam como é sua vida e sugiram como aquele animal ou suas características poderiam ajudar a resolver o problema.

- Colagens ou recortes de fotos: Faça com que as pessoas pensem visualmente em termos de imagens e associações, ao invés de apenas utilizar palavras.

- Leve o físico em consideração: Não importa se é um exercício coletivo ou atuando, é importante fazer com que as pessoas se mexam. Isso as deixa acordadas e estimula os lados direito e esquerdo do cérebro simultaneamente.

7. Não se esqueça de construir. Raramente uma ideia já vem totalmente formada. Portanto, deixe as outras pessoas a levem adiante e veja quando seguir adiante.

8. Pratique a escrita legível. Ou então deixe alguém para anotar e acompanhar tudo. Se você não conseguir ler o que escreveu nos seus flipcharts e nem lembrar o que foi dito, desperdiçou o tempo de todo mundo.

9. Divirta-se. A risada é um grande desinibidor e torna o ambiente propício à criatividade.

10. Leia alguns livros para se iniciar no assunto:

- ?What If!:How to start a Creative Revolution at Work - Dave Allan, Matt Kingdon, Kris Murrin e Daz Rudkin.

- The Innovators Handbook - Vincent Nolan

- Six Thinking Hats - Edward De Bono



Fonte: chmkt

1 comentários:

TURMA 5009A disse...

Muito bom o post. Tirando é claro a parte dos malefícios do alcohol durante o brainstorm, discordo plenamente. hehehehe...

Eu vou!

Indicações de livros

  • A Arte do Planejamento – Jon Steel
  • Como Planejar e Executar uma Campanha de Propaganda - Marcelo A. Públio
  • Criatividade Em Propaganda - Roberto M. Barreto
  • Diálogos Criativos - Domenico De Masi e Frei Betto
  • O Corpo Fala - Pierre Wel e Roland Tompakow
  • Percepção Ambiental e Comportamento - Jun Okamoto
  • Raciocínio Criativo na Publicidade - Stalimir Vieira